07/01/2020

Massacre de 10 mil camelos começa amanhã para impedir que bebam muita água

Os animais inocentes serão mortos com autorização do governo por caçadores profissionais em helicópteros. Entre as justificativas para a ação está o fato dos animais beberem muita água em uma região devastada pela seca e as emissões de carbono.

Camelos selvagens que vivem no sul da Austrália serão mortos para impedir que os animais bebam água na região devastada pela seca.

Mais de 10 mil camelos serão mortos por atiradores profissionais em helicópteros a partir de quarta-feira (08), após uma ordem dos líderes aborígines nas terras de Anangu Pitjantjatjara Yankunytjatjara (AYP).

A morte em massa dos animais, que deve levar cinco dias, ocorre pelas alegações das comunidades que reclamam que os animais selvagens invadem propriedades em busca de água. A solução encontrada, entre tantas outras possíveis e que não envolvessem crueldade com animais, foi a opção pela a eliminação de vidas.

Também existe outra desculpa disfarçada de preocupação de que os animais estão contribuindo para o aquecimento global, pois emitem metano equivalente a uma tonelada de dióxido de carbono por ano.

“Nós ficamos presos em condições quentes e desconfortáveis, nos sentindo mal, porque os camelos estão entrando e derrubando cercas, entrando nas casas e procurando água por todos os lados”, disse Marita Baker, membro do conselho executivo da APY.

O governo criou um Plano Nacional de Gerenciamento de Camelos Selvagens que alega que a população desses animais dobrará a cada nove anos se um plano de “controle populacional” não for realizado. Usando novamente a morte para a realização de seus objetivos.

E como os camelos emitem metano equivalente a uma tonelada de dióxido de carbono por ano, a APY pediu que a morte dos animais resultasse na concessão de créditos de carbono – uma incoerência cobrindo a outra.

 

Massacre de 10 mil camelos começa amanhã para impedir que bebam muita água

 

Ainda na busca por justificativas pela morte em massa de animais inocentes, Tim Moore, executivo-chefe da RegenCo, empresa especialista em cultivo de carbono, disse que um milhão de camelos selvagens que emitem o efeito de uma tonelada de CO2 por ano equivale a outros 400 mil carros nas estradas.

No entanto, o Departamento de Energia e Meio Ambiente disse que as emissões de animais selvagens não devem ser consideradas na estimativa de emissões de um país, pois não estão sob gestão doméstica.

“A Austrália não informa sobre emissões de animais selvagens. Portanto, atividades que alteram as emissões de animais selvagens não podem estar sujeitas ao método do Fundo de Redução de Emissões, pois são incapazes de resultar em redução de carbono elegível e não podem contribuir para as metas de redução de emissões da Austrália”.

A morte dos animais inocentes que apenas buscam por água em uma seca sem precedentes que assola o país, permanece como exemplo de crueldade e covardia que chocam o mundo todo. As informações são do Daily Mail.

Fonte: Portal ANDA