Ex-vocalista do The Smiths, Morrissey criticou, em entrevista, a crueldade do método islâmico de morte de animais para indústria muçulmana de carne.
O cantor Morrissey, ex vocalista da banda The Smiths, recentemente se pronunciou de forma crítica aos padrões de produção da indústria de carne, denunciando abusos.
Morrissey é conhecido por ser ativista do bem-estar animal, e recentemente, em uma nova entrevista publicada em seu site, atacou diretamente os produtores de carne halal.
Criticando a produção desse tipo de carne, o ex-vocalista dos Smiths polemizou, dizendo que o método islâmico de morte de animais para indústria de carne deve “requerer certificação que só pode ser dado pelos defensores da ISIS”, e descreveu a produção como “do mal”. Ele também chamou a produção de alimentos judaicos kosher como “muito cruel” e pediu que fosse banida.
O Halal é a forma como os animais devem ser mortos para consumo de carne por muçulmanos, e envolve a morte dos animais com suas gargantas cortadas e seu sangue drenado. A grande maioria dos produtores de carne halal torna a vida dos animais torturantes antes de matá-los – assim como também acontece na produção não-halal.
Para realizar o a morte de animais em matadouros halal, você deve ser um muçulmano com um certificado de competência da Food Standards Agency, além disso deve trabalhar em um matadouro aprovado.
“Eu não estou dizendo que o massacre atordoado [comum no Ocidente] é aceitável, porque não poderia ser”, acrescentou Morrissey. “Se você usar o termo “abate humanitário “, então você pode muito bem falar em termos de” estupro humano”, criticou o ex-vocalista do Smiths.
Acusações de racismo persistem em Morrissey, pois o cantor já se referiu ao povo chinês como ‘subespécie’, além de já ter alegado publicamente que a identidade britânica estava sob ‘ameaça de imigração’.
“Mas, é claro, todos nós somos chamados racistas agora, e a palavra é realmente sem sentido. É apenas uma maneira de mudar de assunto”, rebateu Morrissey às críticas de racismo. “Se você come animais, não é uma exibição de ódio para uma determinada espécie? E o que lhe dá o direito de comer outra espécie ou raça? Você comeria pessoas do Sri Lanka?”, questionou o cantor.
Nota da redação: priorizar e compactar com o bem-estar animal não deve ser visto como passe-livre para acusações racistas e de cunho intolerante, em hipótese alguma. Apesar de ser necessário denunciar e criticar crueldades animais, tais denúncias devem ser feitas baseadas em argumentos de cunho científico e ideológico, não incentivando de forma alguma o racismo.
Fonte: ANDA