“Tentei [não ser vegano] por um longo período, mas eventualmente todas as minhas desculpas se esgotaram”
Influenciado por H.R Geiger, Steve Cutts e Salvador Dali, David Brown é um artista de Spalding, na Inglaterra, que tem criado desenhos e ilustrações como meio de conscientizar as pessoas sobre a realidade da exploração de animais para consumo.
Colaborador da organização de defesa animal Viva!, ele conta que já realizou exposições no Reino Unido e nos Estados Unidos, onde exibiu principalmente obras baseadas em animais a caminho do matadouro.
As imagens de Brown captam expressões de animais diante de diversas situações em que são subjugados pela humanidade – seja pela redução de suas vidas a produtos ou como entretenimento ou cobaias em testes laboratoriais.
Em seus desenhos, olhares não humanos convidam a uma reflexão, e transmitem a ideia de que não apenas nós desejamos evitar o sofrimento e a morte sempre que podemos ou quando esperamos dos outros um olhar mais compassivo em relação à nossa própria realidade.
Os animais eternizados por David Brown, mesmo diante da morte, ainda esperam que possamos estender um pouco mais nossas empatias, assim entendendo que uma vida animal, mesmo quando não a valorizamos e ainda a objetificamos, não deixa de ser uma vida.
Graduado em arte pela Universidade do Leste de Londres, Brown revela que se tornou vegano após reconhecer que não poderia mais conviver com a culpa de não ser. “Tentei [não ser vegano] por um longo período, mas eventualmente todas as minhas desculpas se esgotaram.”
Hoje ele usa o ativismo artístico (artivismo) como forma de ajudar a angariar recursos para organizações que atuam em defesa dos animais e que promovem o veganismo – como a Viva!