A produção do óleo de palma, matéria-prima da Nutella, desmata florestas da Indonésia e da Malásia e mata orangotangos.
O principal ingrediente da Nutella, um creme de avelã fabricado pela Ferrero, é o óleo de palma. Para atender à demanda pelo óleo, vastas áreas são desmatadas na Indonésia e Malásia para dar espaço à plantação de palma, planta da qual é extraída o óleo vegetal.
Além da destruição ambiental, mais de 50 mil orangotangos foram mortos em 20 anos durante a queima de florestas, feita para dar lugar às plantações de palma. Os orangotangos perdem seu habitat, são espancados, mutilados e até queimados vivos. Não existem programas oficiais destinados à proteção da espécie.
Por utilizar o óleo como matéria-prima, a Nutella é responsável pela devastação ambiental e pelas mortes dos orangotangos. Em nota, a Ferrero afirmou estar consciente dos desafios ambientais. A empresa disse ainda que importa 80% do óleo de palma da Malásia e o restante da Papua Nova Guiné, Indonésia e Brasil.
A fabricante da Nutella disse ainda ter assumido o compromisso de utilizar o óleo de palma de forma responsável. Entretanto, em entrevista concedida à rede de televisão Canal+ em 2015, a então a ministra do Meio Ambiente da França, Segolene Royal, discordou da empresa quanto à responsabilidade ambiental que a Ferrero diz possuir e incentivou o boicote ao produto.
“Nós temos que replantar várias árvores por causa do desmatamento massivo, que também contribui para o aquecimento global. Nós deveríamos parar de comer Nutella, por exemplo, porque é feito de óleo de palma”, afirmou Segolene. Segundo ela, o creme de avelã deveria ser feito com outros ingredientes.
Anualmente, são produzidos 50 milhões de toneladas de óleo de palma. Para isso, 2 milhões de hectares de floresta já foram completamente destruídos. De acordo com informações divulgadas pelo portal Cura Pela Natureza, se o desmatamento na Indonésia e Malásia não for combatido, até o ano de 2033 não existirão mais florestas nesses países, o que fará com que os orangotangos sejam extintos.
Fonte: www.anda.jor.br